3 mudanças que usuários de iPhone podem ver caso Apple seja culpada por monopólio nos EUA
Justiça dos EUA processou a empresa por monopolizar ilegalmente o mercado de smartphones
Quando a Apple lançou seu primeiro computador Mac em 1984, com sua icônica saudação de “olá” e uma cara sorridente, ela queria se diferenciar no mercado incipiente de PCs.
produto também era acessível com seu design amigável e inovador — a maneira da Apple de destacar o Mac no confuso cenário dos PCs.
Esse mantra amigável ao consumidor ainda existe hoje, com a Apple cuidando cuidadosamente de uma experiência de usuário fácil, mas controlada, em todos os seus produtos, incluindo os bilhões de iPhones usados em todo o mundo.
Porém, o governo Biden acredita que a Apple levou isso longe demais. Na quinta-feira, o Departamento de Justiça processou a Apple por monopolizar ilegalmente o mercado de smartphones.
Em uma coletiva de imprensa, o governo forneceu uma longa lista de como a Apple supostamente esmagou a concorrência com termos restritivos da loja de aplicativos, altas taxas e sua abordagem de “jardim murado”, restringindo a forma como empresas terceirizadas interagem com suas marcas e serviços.
A empresa negou as alegações da ação judicial e disse que planeja combatê-las.
A Apple acrescentou que a ação judicial poderia capacitar o governo “a ter uma mão pesada na concepção da tecnologia das pessoas”.
Mas, se for bem-sucedido, o processo poderá afetar todos os produtos e serviços da Apple.
Embora o processo possa levar anos para ser concluído, algumas visões mais detalhadas podem apresentar o que isso significará para os usuários do iPhone.
Mudanças na App Store
Se for considerada responsável, a empresa poderá ser forçada a mudar uma série de coisas. Uma dessas mudanças é como os usuários do iPhone poderão ter mais acesso aos “superaplicativos”, que antes eram bastante restritos.
O termo se refere a aplicativos que permitem o envio de mensagens, pedidos de comida, processamento de pagamentos e outros recursos, tudo em uma única plataforma.
De acordo com Dipanjan Chatterjee, analista principal da empresa de pesquisa de mercado Forrester, os superaplicativos são a maior ameaça à preeminência da Apple na vida de seus clientes.
“Uma oferta como o WeChat, apelidado de aplicativo tudo da China, pode oferecer uma alternativa ao ecossistema da Apple para que as pessoas se comuniquem, façam transações bancárias, compartilhem memórias, conversem com empresas e muito mais”, disse ele.
Ele acrescentou que “o que a Apple mais teme é se tornar irrelevante para seus clientes”.
Ao mesmo tempo, superaplicativos como o WeChat são criados por empresas maiores e podem, portanto, colocar algumas empresas menores em desvantagem. E, de qualquer forma, o conceito não foi muito bem recebido nos EUA.
O governo dos EUA, no entanto, poderia argumentar que a desinteresse pode ser devida à alta participação da Apple no mercado de smartphones e à sua resistência em oferecer superaplicativos em sua loja, disse Chatterjee.
Fonte:https://www.cnnbrasil.com.br/economia/negocios/3-mudancas-que-usuarios-de-iphone-podem-ver-caso-apple-seja-culpada-por-monopolio-nos-eua/